O Rio Mira nasce na Serra do Caldeirão a cerca de 470m de altitude, atravessa todo o concelho de Odemira e desagua a cerca de 140 km, na simpática Vila Nova de Milfontes. Tem como principais afluentes, as ribeiras Perna Seca, Luzianes, Torgal, Guilherme, Telhares e Macheira. Todo o vale do rio Mira, entre Odemira e a foz, está integrado no Parque Natural Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina… é possível a navegação de pequenas embarcações entre a foz e a romântica vila de Odemira. A zona ribeirinha é um habitat natural onde se encontra uma grande variedade de fauna e flora. Constitui berçários/maternidades para muitas espécies, nomeadamente, moluscos, crustáceos e peixes.
E como curiosidade, o rio Mira é dos poucos rios portugueses que corre na direção Sudoeste-Noroeste. O estuário do rio Mira tem cerca de 150m de largura máxima, profundidade média de 6m e máxima de 13m. Antigamente era designado de “Rio Mestre de água Salgada”, pois era o maior da região, onde a influência das marés chegava até Odemira. O número de moinhos de Maré no rio Mira chegou a cerca de 15.